No dia 06/12/2011 escrevi um esboço de um artigo a pedido de um professor da Pós Graduação sobre algo que me incomodava.
Hoje 05/10/2014 eu estava revendo meus arquivos, achei esse esboço e resolvi compartilhar com vocês.
Trabalho em uma empresa jovem, isso é 70% do quadro de
funcionários tem a idade que classificamos como geração Y. Ultimamente tenho
observado o comportamento dessa turminha e tem horas que adoro mas tem horas
que odeio.
Esse grupo está provocando uma revolução silenciosa na
forma de administrar e está provando que as normas do passado nem sempre
funcionam.
Alguns os chamam de folgados, distraídos, superficiais,
egoístas, insubordinados e sem foco outros os admiram pois eles são diretos,
não pensam duas vezes, se algo incomoda falam na hora e se o emprego não
satisfaz não se sentem constrangidos em simplesmente pedir demissão e ir em
busca de outro “melhor”. Admiro isso neles e confesso que sinto uma certa
inveja pois sou da época onde engolir sapos era a condição para “ser alguém na
vida”. Já engoli, e ainda engulo tantos sapos, de todos os tamanhos todos os
dias e ainda não cheguei a ser esse “alguém na vida” que meus pais e meus avós
sempre disseram que eu seria se me comportasse como a sociedade exige.
Mas pelo menos um ponto tenho em comum com essa geração
consigo fazer mil coisas ao mesmo tempo, verifico as postagens do facebook
enquanto analiso uma planilha, respondo a e-mails enquanto falo ao telefone,
converso com as pessoas e ao mesmo tempo planejo mentalmente quais serão as
minhas atividades do próximo dia. A internet tornou-se tão essencial quanto o oxigênio, não consigo
imaginar a minha vida sem verificar minha caixa de e-mail, sem postar no
facebook as bobagens do dia a dia, sem a previsão do tempo ou a informação do trânsito. E olha quando eu
era criança a TV era preto e branca, bom mas essa é outra história...
"Tudo é possível para esses jovens", diz Anderson Sant'Anna,
professor de comportamento humano da Fundação Dom Cabral. "Eles querem dar
sentido à vida, e rápido, enquanto fazem outras dez coisas ao mesmo
tempo."
Voltando a
empresa lá virou um fronte; a geração Y
quer impor sua vontade a qualquer custo já as demais gerações querem manter
seus conceitos clássicos intocáveis e tentam manter a ordem através de ameaças,
com a famosa “justa causa”. Eu como pedagoga e estudante de gestão de pessoas
tento apaziguar os ânimos mas nem sempre consigo. Fico sem ação. Em alguns
momentos penso que eles estão corretos pois defendem seus pontos de vista com
afinco mas também acho que exageram quando quebram demais as regras tanto no
comportamento como nas vestimentas.
Espero que com o aprendizado que estou adquirindo na Pós
Graduação consiga fazer um intermédio melhor para essas gerações pois a
tendência é vir mais e mais conflitos se não aprendermos a lidar e respeitar as
diferenças.
Muito bom seu artigo Raquel, sinceramente me vi dentro do seu relato, rsrs.
ResponderExcluirTambém tenho buscado mudar, buscado aprender com essa geração que quer tudo para ontem e não tem medo de arriscar. Sucesso e sorte para nós. Obrigada pela visita.